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The Flash - Piloto - Crítica

Posted by : Matheus Sant'Anna on : 26.6.14 0 comments
Matheus Sant'Anna
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Um fato que é comentário há muito tempo e está cada vez mais se confirmando é de que a Marvel vai muito melhor no cinema, mas na tv a DC sempre superou. E a nova série The Flash veio pra mostrar isto em seu episódio piloto.

O texto a seguir é livre de spoilers - sem revelações sobre o roteiro.




É claro que não dá pra dizer nada, logo que só teve um episódio e Agents of SHIELD foi muito boa no primeiro episódio, mas depois decepcionou. Porém, como um episódio piloto é feito para avaliar se a série pode ou não ser realizada, eis que está na hora de realizarmos nossa crítica para também avaliarmos se a série pode mesmo ou não seguir em frente. E acho que não preciso adiantar que: sim! Em volta de apenas 40 minutos, o episódio foi tão rápido, - trocadilhos a parte - mas ao mesmo tempo tão longo, que parecia um longa-metragem daqueles que tem uma hora e meia e duas horas e você vê tão rápido e fica sentindo vontade de ver mais ou ver de novo - eu pelo menos já assisti o episódio umas três vezes, sendo a primeira sem legenda.




O episódio começa a com a narração do protagonista Barry Allen, interpretado por Grant Gustin, conhecido por seu ótimo papel como o vilão Sebastian na série Glee. Utilizando do mesmo recurso da série Arrow - que eu espero que só seja utilizado no primeiro episódio - o passado do personagem é contado em flashbacks, desde a perseguição que sofria quando criança, e que nunca conseguia escapar do bullyng, passando pela morte da sua mãe em meio a uma tempestade elétrica indoor, - que quem já assistiu o longa-metragem Liga da Justiça: Ponto de Ignição ou já leu a mega-saga em quadrinhos que a originou, sabe quem foi o verdadeiro culpado pelo assassinato - mas que seu pai - aqui interpretado por John Wesley Shipp, que interpretou o Barry Allen na série antiga - foi culpado e levado preso. A partir daí o pequeno Barry passa a ser protegido pelo Detetive West, - Jesse L. Martin - pai de sua melhor amiga Iris - interpretada por Candice Patton, que quem conhece a história e os desenhos, sabe a importância dela para o surgimento do Kid Flash e de outros personagens.

Cerca de dez anos depois, Barry é um jovem perito de Central City que sempre chega atrasado - uma brincadeira sobre o Flash muito utilizada nos desenhos e nos quadrinhos, que o homem mais rápido do mundo está sempre atrasado. Acontecendo provavelmente logo após aos eventos que levaram Barry Allen a Starling City na série Arrow, que gerou este spin-off, um controverso acelerador de partículas está para ser ligado nos laboratórios Star e Barry como sempre atrasado, perdeu o tempo para comprar o ingresso para o evento. Assim, estando longe o bastante para que as alterações provocadas pela explosão alterassem apenas seu DNA, mas não sua mente - desculpa também utilizada no desenho Super Choque, onde também acontece uma explosão que origina os meta-humanos.

Nove meses depois, dezenas de meta-humanos surgem em Central City, mas a cidade ainda não tem ciência de sua existência. Numa fórmula semelhante a de Smallville, dependendo do fenômeno, da exposição, ou do que estava perto, cada meta-humano ganha uma mutação diferente. Provavelmente cada episódio terá um vilão com mutação diferente. No caso de Barry, a tempestade provocada pela radiação gerou um relâmpago que, somado aos elementos químicos de seu laboratório na polícia, tornam o garoto não só com a velocidade sobre-humana, mas seu raciocínio e seu metabolismo, podendo se curar em torno de apenas três horas.

O diretor David Nutter demonstra ser um grande fã da trilogia Homem-Aranha de Sam Raimi. Todos os momentos de descoberta dos poderes são semelhantes aos do Homem-Aranha, inclusive a personalidade e os sofrimento dele, além da questão de que ele foi escolhido para ser o anjo da guarda da cidade - como diz o Arqueiro em sua participação de cinco minutos, que também sugere que ele use uma máscara - remetendo ao momento em que Barry, na série Arrow, sugere e inclusive cria uma máscara para o Arqueiro. Até mesmo a paixão platônica por sua melhor amiga é bem semelhante a paixão de Peter Parker por Mary Jane, tal como a característica de ser um garoto pobre e nerd, tímido na maioria das vezes, mas engraçado também.

A série já começa demonstrando um grande potencial. Só neste primeiro episódio, além do vilão Mago do Tempo, o primeiro meta-humano que se revela, já há referências a vários outros vilões como o Flash Reverso, o Gorilla Grodd e a Nevasca, além do herói Vibro. Os efeitos deixam a desejar, mas não é um elemento muito necessário, já que se trata de uma série de tv, até que estão melhores do que esperava-se. A montagem sonora é bem legal, empolgante e na hora certa. Agora basta esperar setembro para poder assistir o resto da série e vamos pra frente DC!


Nota: 4/5 Zips (Bom)