Um pouco sobre Aborto

Aborto, legalizar ou não?!

O Aborto é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada. Isto pode ocorrer de forma espontânea ou induzida, provocando-se o fim da gestação, e consequente fim da atividade biológica do embrião ou feto, mediante uso de medicamentos ou realização de cirurgias.

Estima-se que sejam realizados no mundo 44 milhões de abortos anualmente, sendo pouco menos da metade destes procedimentos realizados de forma insegura.

Com certeza um assunto muito delicado e que gera uma enorme discordância entre pessoas com pensamentos e argumentos diferentes.

Grupos feministas, geralmente defendem a legalização do aborto. Neste artigo publicado no blog Blogueiras Feministas podemos ver os seguintes argumentos:

Falar sobre aborto não é simplesmente falar sobre um feto, é falar sobre total autonomia de nossos corpos e vidas. É fazer homens terem consciência de que eles não tem controle nenhum sobre nossos corpos e nossas vidas. É fazer homens entenderem que mulheres não existem para agradá-los. É fazer homens entenderem que estes corpos não lhes pertencem.  

Contra opinião - Bom, eu não vejo neste caso, sentido entre a relação homem x aborto. O que da pra entender no texto acima é que elas acham que  o homem tem o poder de decidir se uma mulher vai engravidar ou não e se ela vai abortar ou não. Acho que o "comum" são historias sobre homens que obrigaram suas companheiras abortar.  Acho que um grupo pequeno de mulheres de alguma maneira só conseguem  enxergar homens como seres machistas. Eu não acho que uma mulher tem a obrigação de agradar o homem, mas se você está em um relacionamento, é esperado que o homem agrade a mulher e que a mulher também agrade ao homem. 

Ajudo porque só quem pode engravidar é que tem total poder de dizer o que quer ou não fazer com seu corpo. 

Contra opinião - Bom, acho que todos nós temos o total poder de dizer o que queremos ou não fazer com nossos corpos. A mulher só engravida se quiser ou se NÃO QUISER se prevenir. E/OU também, aceitar que seu parceiro não faça o uso da camisinha.


Ajudo porque toda tentativa de justificar a criminalização do aborto é falha, todas essas tentativas não impedem que abortos ocorram, mas contribuem para que milhares de mulheres morram todos os anos em decorrência de procedimentos errados. 

Contra opinião -Acho que essas justificativas tentam não banalizar o aborto e não de fato proibir ou tornar crime.


Ajudo porque uma gravidez indesejada não se torna desejada apenas porque é crime abortar. Dizer que é crime e que é “pecado”, não impede que abortos aconteçam.

Contra opinião - Então não vamos mais criminalizar roubos, estupros e sequestros... Porque dizer que isso é crime não impede que esses atos aconteçam, correto ?

O mais importante pra mim é fazer uma sociedade inteira repensar sobre gravidez e todas as responsabilidades que cuidar de uma criança e educar esse indivíduo envolvem. Ter um/a filho/a pra mim, não deveria ser visto como obrigação religiosa, mas sim como responsabilidade social e coletiva, de educar um indivíduo capaz de conviver em sociedade, respeitando a autonomia dos outros.

Contra opinião - Sou religioso e não vejo isso como uma obrigação religiosa, creio também que muitos evangélicos pensem deste jeito. Tem filho quem tem desejo de construir uma família, quem tem base emocional e financeira para cuidar e educar uma criança. 

 “O corpo é meu, eu decido se sim e quando”. 

As mulheres lutam por direitos iguais, mas nesta situação toda de aborto, elas defendem que são elas que devem exclusivamente decidir se vão abortar ou não. Bom, acho que esqueceram desta coisa toda de direitos iguais. Como elas mesmas dizem: "A mulher não engravida sozinha, a culpa é do homem".. Se o homem teve obviamente participação na hora de engravidar a mulher, ele pode também decidir junto com sua parceira se deseja realizar o aborto ou não.  Podemos ver esta situação na ilustração abaixo.


Maria namora com João e por um descuido de ambos, Maria descobre que está gravida. Maria se vê em uma situação complicada, no momento ela não se acha preparada para criar um filho, então ela decide abortar, já que nesse caso o aborto foi legalizado. Por outro lado, João fica bastante empolgado com a ideia de ser pai e não quer que Maria aborte!

O que fazer, Maria tem o direito de abortar mesmo João não querendo?! Aí que vem o argumento de muitas feministas: "Mas a mulher que sofre os nove meses carregando a criança e não o homem, então temos o direito de abortar".

Então agora vamos inverter os papéis. Maria quer ter o filho e João não quer, já que não se vê preparado para assumir esta grande responsabilidade. Neste caso, será que João poderia optar por não ser um pai presente e/ou não pagar pensão?!

Bom, se querem direitos iguais para todos, neste caso, João poderia sim optar por não pagar pensão, já que ele não se sentiu preparado para ser pai naquele momento. Do mesmo modo que Maria poderia ter abortado se ela não quisesse manter a gravidez. É claro que eu não penso deste jeito, não seria uma atitude por mim tomada. Mas vale a pena deixar esta observação, levando em consideração o argumento.

O lado escuro  do aborto:

Hoje em dia, quem deseja abortar, procura clinicas clandestinas ou métodos caseiros para praticar o ato abortivo, que são altamente perigosos e muitas das vezes a mulher acaba morrendo durante o processo. O aborto feito por pessoas não qualificadas ou fora de um ambiente hospitalar, resulta em aproximadamente 70 mil mortes maternas e cinco milhões de lesões maternas por ano no mundo.

Esses números poderiam ser menores com a legalização do aborto, mas por outro lado, talvez algumas mulheres não iriam se preocupar tanto em se prevenir para não engravidar, assim como seus parceiros, já que, se isso ocorrer, ela poderia recorrer a um hospital para abortar tranquilamente.

Por isso, antes de sair  defendendo a legalização do aborto, devemos nos preocupar com os detalhes deste processo. Analisar principalmente se o nosso sistema de saúde iria ter capacidade de ter total controle sobre este processo, tendo em vista que serviços básicos de saúde não são empregados com eficiência e qualidade em nosso país.

Lado positivo da legalização do aborto

Um planejamento adequado e um bom acompanhamento psicológico antes do aborto, seria muito importante. Em muitos casos, a ajuda psicológica poderá fazer com que a gestante mude sua vontade por abortar, pois muitas mulheres recorrem ao aborto porquê não se sentem preparadas para serem mães ou foram pegas de surpresa devido a mudanças de medicamentos ou descuido na hora do ato sexual. Neste caso, o numero de mulheres optando por abortar diminuiria consideravelmente, pois teriam todo o apoio de um profissional qualificado.

Podemos concluir então, que, a legalização do aborto sendo detalhadamente planejada e elaborada, pode se tornar uma aliada no combate ao aborto e também para reduzir o número de mortes causadas por abortos em clinicas clandestinas ou técnicas caseira.


E para finalizar... Reflita: